Os rios cheios
A ingazeira transborda
E as ruas sangram
É a vida que se vai e escorre
Lentamente em vários cantos da cidade
Pelos canos quebrados
Nas vidas não vividas em fábricas e mercados
No copo do viciado mais tarde em uma sarjeta largado
Na casa que falta o pão
No jovem morto estendido no cão
A chuva vem
Os rios enchem
A barragem transborda
Mas a cidade sangra
A chuva vem, mas a seca está em nós.
Pedro Henrique Torquato
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